CINDERELA BAIANA
Um dos mais brilhantes filmes já feitos na história do cinema em todos os tempos. Uma emocionante história que conta com a atuação magistral grandes nomes da dramaturgia brasileira, destacando Carla Perez e Alexandre pires. Com direção impecável, e um roteiro que parece inaugurar um novo estilo cinematográfico no cinema brasileiro, “Cinderela Baiana” nos conduz a uma profunda reflexão existencial sobre o sentido da vida em sua relação profunda com a música e a dança. Carla Perez, exímia dançarina, cantora e interprete da música brasileira nos conta sua trajetória de uma forma singular, única, dotada de rara capacidade dramática que em vários momentos me lembrou a atriz Natalie Portman no filme “cisne negro”.
Carla Perez nos conduz a um outro lugar na história da dramaturgia, unindo o trágico e o cômico, produzindo assim um verdadeiro espetáculo épico nas telas do cinema. Fica aqui registrada a indignação pelo fato de a mesma não ter concorrido aos prêmios do Oscar ou globo de ouro. Mas a academia é feita injustiças e a ausência desse filme nesses prêmios é uma grande prova disso.
A película nos conduz ainda a uma cativante reflexão sociológica sobre a condição social brasileira, além de uma profunda inserção filosófica sobre o mundo da arte, do corpo e da dança. Mesmo partindo de um roteiro bastante complexo, já que o filme busca superar as estruturas neo-realistas inauguradas na história de nosso cinema provocando-nos o desvelamento de uma nova estética transcedental-idealista, nos prendemos em seu enredo do início ao fim. Ousado, criativo, brilhante, épico. Um filme que marca as fronteiras do nosso velho cinema.
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